O Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) emitiu recomendação ao
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIO para
que este não autorizasse a exploração madeireira por parte da
Cooperativa Mista Tapajós Verde – Coomflona, em áreas de terras
indígenas Munduruku-Taquara e Bragança-Marituba, localizadas na Floresta
Nacional do Tapajós, Unidade de Conservação federal no oeste do estado
do Pará.
De acordo com um relatório preliminar da Fundação Nacional do Índio
(Funai) , a terra solicitada pela Coomflona é de posse das tribos
indígenas, porém, o processo de demarcação de terras indígenas ainda
está em andamento, o que impede a exploração de recursos naturais no
local, que está inserido nos limites apresentados nos Relatórios
Circunstanciados de Identificação e Delimitação das Terras Indígenas
Munduruku-Taquara e Bragança-Marituba, publicados no Diário Oficial da
União em outubro de 2009.
Se ao fim do processo de demarcação for constatado que a área solicitada é de ocupação indígena tradicional da etnia Munduruku, a atividade exploratória deverá ser encerrada e os índios indenizados, já que o reconhecimento terá efeitos ex tunc, ou seja, de caráter retroativo.
O ICMBIO deverá emitir, até o fim desta semana, uma resposta por escrito ao MPF-PA abordando as providências a serem tomadas em relação ao cumprimento das recomendações deste caso ou justificando o não cumprimento das recomendações.
Redação Portal ORM com informações do MPF-PA
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