O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR-MT), defendeu o direito ao desmatamento --desde que não o ilegal-- como um mecanismo "inevitável" para enfrentar a crise global de alimentos. Em entrevista à Folha, Maggi avaliou que será preciso encontrar uma "posição intermediária" que assegure o aumento da produção agrícola. "Com o agravamento da crise de alimentos, chegará a hora em que será inevitável discutir se vamos preservar o ambiente do jeito que está ou se vamos produzir mais comida. E não há como produzir mais comida sem fazer a ocupação de novas áreas e a retirada de árvores." O Mato Grosso é o Estado com mais municípios entre os líderes do desmatamento no país. Segundo levantamento do Ministério do Meio Ambiente, entre municípios com maior desmatamento de agosto a dezembro de 2007, sete dos dez primeiros colocados estavam no MT. Segundo reportagem publicada em janeiro pela Folha, Maggi controla um quarto das 36 cidades apontadas pelo ministério como as campeãs do desmatamento. Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que o ritmo da devastação está em ritmo acelerado, numa média de mais de 1.000 quilômetros quadrados por mês. Um relatório do Bird (Banco Mundial) aponta que, entre 2000 e 2005, o Brasil desmatou um total de 31 mil km² de sua área florestal, o que colocou o país no topo dos desmatadores do mundo. Leia a matéria completa na Folha desta sexta-feira.
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