A decisão judicial da 4ª Câmara Cível Isolada do Tribunal de Justiça do Pará, que proibiu o DIÁRIO DO PARÁ e outros dois jornais de Belém de publicarem fotos ou imagens de pessoas vítimas de acidentes ou mortes brutais que impliquem em ofensa à dignidade humana e ao respeito aos mortos, foi comentada por deputados federais e senadores em Brasília. Para o deputado Nilson Pinto (PSDB-PA), “liberdade de imprensa não admite qualificações restritivas: ou tem ou não tem”. O parlamentar se declara “100% a favor da liberdade de imprensa” e lembra que o direito de manifestar opinião é o cerne da democracia e não pode ser restringido sob nenhum pretexto. “Não faz sentido (uma decisão dessa natureza). Voltamos ao período da censura”, reagiu o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA). Para ele, quem tem de estabelecer os limites é a própria empresa e decisões judiciais dessa natureza são “um grande perigo” por abrir precedentes para censuras ainda maiores. “Se admitirmos isso agora, admitiremos vetos piores depois. Não cabe esse desrespeito”. “Sou absolutamente contra a censura. Esse não é o mecanismo correto para se aprimorar algo. Porém, nesse tema, acredito que deve prevalecer o bom senso. Afinal, a própria imprensa concorda que em alguns casos há certo desnivelamento do que se espera dos jornais em relação a imagens de violência”, disse o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado Federal.
Diario do Pará
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