 Atos secretos do ex-presidente Domingos Juvenil (PMDB) inflaram a  folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Pará levando a uma  enxurrada de recursos públicos, cujo beneficiário direto e principal era  o próprio gestor, que dirigiu a Alepa de 2007 a 2010.
Atos secretos do ex-presidente Domingos Juvenil (PMDB) inflaram a  folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Pará levando a uma  enxurrada de recursos públicos, cujo beneficiário direto e principal era  o próprio gestor, que dirigiu a Alepa de 2007 a 2010.Documentos internos da Casa Legislativa, entre papéis timbrados e contracheques, obtidos por O Liberal, revelam o esquema fraudulento de servidores fantasmas e polpudos contracheques enxertados com gratificações ilegais, sem que fosse aplicado o redutor constitucional, ou seja, sem atender ao limite de R$ 12.800, que era o salário do deputado estadual, na época.
O desvio acontecia com a inclusão de nomes de filiados do PMDB, especialmente pessoas diretamente ligadas a Juvenil e ao cacique Jader Barbalho, que eram lotadas na Casa Civil da Presidência do Poder sem nomeação publicada. Ao final de cada mês, os contracheques dos ricos fantasmas eram diretamente entregues à então chefe do setor, Semel Charone Palmeira.
Entre os contracheques que chegaram ao conhecimento da reportagem  está o do engenheiro Bruno Batista da Cunha, filho do conselheiro do  TCE (Tribunal de Contas do Estado), Ivan Cunha, que tinha vencimentos de  R$ 8.737,00. Ele era lotado como consultor técnico-legislativo DAS  202.3, no Gabinete Civil II. O vencimento base, de R$ 1.017,98, era  engrossado com triênios de R$ 1.674,60, gratificação por Direção e  Assessoramento Superior de R$ 865,28 e Dedicação Exclusiva de R$ 814,38,  além de uma gratificação sem identificação de R$ 3.186,38 e de outra  identificada como 'N/S' de R$ 814.
Nepotismo - Fontes  dão conta que Juvenil praticava nepotismo cruzado com o conselheiro,  empregando o filho e a nora dele em troca de uma lotação no TCE para  Ozório Juvenil, filho do ex-presidente e hoje deputado estadual. Em  2008, o conselheiro teve que demitir o filho, a filha e o genro que  estavam lotados em seu gabinete por força de súmula do STF (Supremo  Tribunal Federal) que veda o nepotismo. Ainda de acordo com a fonte, o  salário de Ozório no TCE era de R$ 18 mil e, por isso, a remuneração de  Bruno e da esposa teria que somar
o mesmo valor.
O Liberal
 

 
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