Neste domingo (2), madeireiros atiraram contra fiscais do Ibama,
policiais militares e índios que faziam a retirada de uma carga de
madeira apreendida de dentro da Terra Indígena Alto Rio Guamá em
Paragominas, a 500 quilômetros da capital paraense
A madeira foi apreendida no ano passado depois de ser extraída
ilegalmente de dentro da Terra Indígena, mas só agora o Ibama pôde fazer
cubagem, para posterior retirada. Os policiais e fiscais foram
surpreendidos pelos madeireiros, que atiraram contra a equipe. Não há
notícia de feridos, mas dois policiais militares e o índio Valdecir
Tembé estão desaparecidos.
O MPF por meio do procurador da República Gustavo Henrique Oliveira,
de Paragominas, pediu reforço da Polícia Federal e Militar no local. Ele
acompanha o caso e enviou ofícios à Polícia Federal, ao Ibama, Funai, à
Secretaria de Segurança Pública e ao Batalhão de Polícia Ambiental do
Pará para conter os madeireiros.
Segundo testemunhas, 'os agentes foram rendidos e se encontram
perdidos no local. A Funai informou, ao telefone, que os madeireiros
retiveram as armas dos agentes.
Um indígena está perdido. Solicito, com
urgência, o apoio desse Batalhão, para conter os conflitos, resguardar a
integridade das pessoas envolvidas e assegurar a madeira derrubada',
diz o ofício enviado hoje ao Batalhão de Polícia Ambiental.
'Ressalto que os fiscais do Ibama e os policiais do BPA foram
rendidos no local. Houve negociação para que fossem soltos. Porém, há
relatos de que dois policiais continuam na Terra Indígena, perdidos',
disse no documento enviado à PF.
Com informações do MPF no Pará
Nenhum comentário:
Postar um comentário