Na Rodovia Santarém-Cuiabá (BR-163), o dinheiro público se transforma em lama e atoleiros. Depois de deixar o trecho entre as cidades de Santarém e Rurópolis (de 220 km) sem manutenção no verão, o governo liberou recursos durante o inverno, quando é impossível fazer outra coisa a não ser puxar carros em atoleiros. O trabalho vem sendo feito pelo 8º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC), responsável pelo trecho e que deve torrar durante o inverno cerca de R$ 2 milhões para não deixar que a estrada fique totalmente intrafegável.
Os parlamentares petistas da região não se cansam de dizer que o governo Lula respeita o calendário amazônico na liberação de recursos para as rodovias federais no Pará. Só discurso. No caso da BR-163, tanto o 8º BEC como diversas entidades da sociedade civil cobraram durante todo o verão a liberação de recursos para a manutenção do trecho até Rurópolis. Mas o governo não deu ouvidos às reivindicações. O dinheiro só saiu no final do ano, quando moradores anunciaram que iriam interditar a rodovia. Era tarde demais. Pelo calendário amazônico, as obras de recuperação ou conservação de estradas sem asfalto só poder ser realizadas de junho a dezembro. É o período quando chove menos. De janeiro a maio, as chuvas não deixam que o trabalho seja feito e, sem as obras de conservação, as estradas ganham atoleiros quilométricos, como os que começaram a se formar entre Santarém e Rurópolis em janeiro. Além dos atoleiros, as pontes velhas de madeira oferecem risco aos motoristas. No começo desta semana, uma ponte caiu na altura do quilômetro 179, na localidade chamada de Enxurrada. O tráfego ficou interrompido até que o 8º BEC fizesse um desvio. A ponte foi consertada depois de quase uma semana. Este tipo de problema atrasa a entrega de cargas, muitas delas perecíveis. "Eles deixaram passar o verão e não fizeram nada, agora querem trabalhar no inverno, só poder ser brincadeira com a nossa cara", revolta-se o motorista João neves, 48. Como não há condições de trabalho no inverno, a tendência é que todo o dinheiro gasto seja gastado neste período em trabalhos de reparo e que, no próximo verão, não haja recursos para a conservação. Esta tem sido a rotina ano após ano na BR-163, rodovia cuja obra de asfaltamento está na lista de prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que no seu primeiro asfaltou menos de 1% da rodovia.
Os parlamentares petistas da região não se cansam de dizer que o governo Lula respeita o calendário amazônico na liberação de recursos para as rodovias federais no Pará. Só discurso. No caso da BR-163, tanto o 8º BEC como diversas entidades da sociedade civil cobraram durante todo o verão a liberação de recursos para a manutenção do trecho até Rurópolis. Mas o governo não deu ouvidos às reivindicações. O dinheiro só saiu no final do ano, quando moradores anunciaram que iriam interditar a rodovia. Era tarde demais. Pelo calendário amazônico, as obras de recuperação ou conservação de estradas sem asfalto só poder ser realizadas de junho a dezembro. É o período quando chove menos. De janeiro a maio, as chuvas não deixam que o trabalho seja feito e, sem as obras de conservação, as estradas ganham atoleiros quilométricos, como os que começaram a se formar entre Santarém e Rurópolis em janeiro. Além dos atoleiros, as pontes velhas de madeira oferecem risco aos motoristas. No começo desta semana, uma ponte caiu na altura do quilômetro 179, na localidade chamada de Enxurrada. O tráfego ficou interrompido até que o 8º BEC fizesse um desvio. A ponte foi consertada depois de quase uma semana. Este tipo de problema atrasa a entrega de cargas, muitas delas perecíveis. "Eles deixaram passar o verão e não fizeram nada, agora querem trabalhar no inverno, só poder ser brincadeira com a nossa cara", revolta-se o motorista João neves, 48. Como não há condições de trabalho no inverno, a tendência é que todo o dinheiro gasto seja gastado neste período em trabalhos de reparo e que, no próximo verão, não haja recursos para a conservação. Esta tem sido a rotina ano após ano na BR-163, rodovia cuja obra de asfaltamento está na lista de prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que no seu primeiro asfaltou menos de 1% da rodovia.
Fonte: Paulo Leandro Leal
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