Dirigentes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Santarém, no Pará, acusados de criar 107 assentamentos irregulares, têm bloqueados seus bens e quebrados seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. Entre os atingidos, estão o ex-superintendente Pedro Aquino de Santana e o chefe da Divisão de Desenvolvimento, Luiz Edmundo Leite Magalhães, que terão tornados indisponíveis R$ 2,7 milhões de seus bens com o objetivo a ressarcir os cofres públicos. A Justiça Federal no Pará irá solicitar, como medida suplementar, os dados bancários de todos os envolvidos nas irregularidades caso. Além de Pedro Aquino e Luiz Eduardo, também foram atingidos pela medida Sílvio Carneiro de Carvalho, Dilton Rego Tapajós, Raimundo Guilherme Pereira Feitosa, Bruno Lourenço Kempner, Brunilda Meurer Nascimento, Samuel Ribeiro Figueiredo e José Wilson de Aguiar. Reforma agrária De acordo com o Ministério Público do Pará, os assentamentos irregulares, sem licenciamento ambiental, sem estudos socioeconômicos e alguns deles sobrepostos em unidades de conservação federal e que não beneficiariam os clientes da reforma agrária, têm 56 mil quilômetros quadrados, aproximadamente o tamanho do estado da Paraíba. A medida foi tomada pela Justiça Federal no Pará, que atendeu solicitação de decisão liminar em um processo de improbidade administrativa movido pelo Ministério Público daquele estado. O juiz federal Kepler Gomes Ribeiro determinou também a suspensão pelo Incra da aplicação de R$ 18,6 milhões que estavam destinados à construção de estradas em 15 assentamentos. Foi determinado ainda a realização de uma auditoria imediata nos processos de criação dos assentamentos, dos cadastros e nas concessões de créditos a beneficiários da reforma agrária na região.
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