Os índios que agrediram o engenheiro Paulo Fernando Rezende no encontro Xingu Vivo para Sempre na semana passada, em Altamira, foram 'importados' da região de Redenção, no Sul do Pará, a quase mil quilômetros de distância do evento. Eles agrediram o engenheiro da Eletrobrás por que se dizem revoltados com o projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte, empreendimento que vai ficar cerca de 500 quilômetros de Redenção. O rio Xingu, que as entidades organizadoras defendem, nem sequer banha a reserva indígena de onde saíram a índia Tuíra e os outros agressores. Os índios mais violentos e revoltados com a possibilidade da construção da usina têm apenas parte de sua reserva cortada pelo rio Bacajá, um afluente do Xingu, que segundo os estudos apresentados pela Eletronorte, não será afetada pelo projeto. Isso era o que explicava no encontro o engenheiro Paulo Fernando, garantindo que a terra deles não sofreriam impactos do projeto hidrelétrico, o que revoltou os indígenas e as entidades que organizavam o evento. A única aldeia afetada pelo projeto será a Paquiçamba, cujos índios não estão entre os agressores e que não demonstram a mesma violência dos Caiapó.
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