terça-feira, 27 de maio de 2008

Os gigolôs dos vagabundos de penacho (compensa ler)

Por Paulo Leandro Leal

Os organizadores do encontro Xingu Vivo para Sempre justificaram a agressão ao engenheiro da Eletrobrás Paulo Fernando alegando que os índios foram provocados e que são imprevisíveis, como se fossem ainda selvagens. São nada. São aculturados. São bem brasileiros mesmo. Como os brasileiros, têm os honestos, mas os vagabundos. Neste caso, os vagabundos se vestem de selvagens quando precisam e são protegidos por ONGs e padres que formam uma espécie de central de gigolôs de índios. Os índios que participaram do evento em Altamira não são selvagens e mostram saber muito o bem o que estão fazendo. Assim como os não-índios, usam celulares, óculos, isqueiros, cigarros industrializados e ainda sabem usar facões como armas contra outras pessoas. Colocam o penacho na cabeça para mostrar que não são uma tribo de paz, Prometem a primeira guerra mundial no Xingu, uma forma de intimidar aqueles que divergem de seus pensamentos. Enquanto de banhavam nas águas do Rio Xingu, no encerramento do evento, os indígenas mostraram involuntariamente o quanto estão integrados ao que chamam de "cultura dos brancos". Um deles, usando óvulos de grau e de calção, usa uma bolsa tipo universitária pendurada no corpo. Um celular e um relógio também demonstram que de selvagem, ele não tem nada. Na mão esquerda, o indígena Caiapó carrega um isqueiro e cigarros.
Ao lado deste índio, uma indígena lava o seu filho bebê, que usa frauda descartável, de plástico. Mais à frente, outra índia usa um artefato da moda (uma piranha) para prender os seus longos cabelos. Estes tipos de utensílios são usados pela maioria dos índios presentes ao evento. Boa parte deles nem sequer moram Em Aldeias, mas em Altamira e cidades vizinhas. Eles vestiram calções e se pintaram de índios. Os índios se prostituem ao venderem o minério, a madeira e tudo o mais de valor nas áreas de reservas, tudo ilegalmente. Comandam garimpos clandestinos, ganham dinheiro, compram carros, aviões. Eles são os capitalistas selvagens do nosso velho oeste. Os desbravadores de um tempo que não existe mais. Se consideram impunes às leis e acham que integram, de fato, uma nação independente. Ao esfaquearem o engenheiro da Eletronorte, o que os índios defendiam? Eles se dizem preocupados com os peixes do Xingu, mas por estarem quase todos eles um tanto obesos, conclui-se que o peixe deixou de ser o cardápio principal deles há muitos anos. O que defendem, isto sim, é o modo selvagem como negociam as riquezas naturais. Ao dizerem que o facão é um instrumento da cultura indígena, prostituem até mesmo a sua própria cultura, em nome de interesses os mais variados. Por trás dos índios, gente como dom Erwin Krautler, este impressionante bispo de Altamira, que tenta justificar a covardia e a violência com o argumento de que os índios foram provocados. O bispo, que viver cercado de militares por dizer que está ameaçado de morte, não deve culpar a si mesmo pelas ameaças que diz sofrer, não é mesmo? Ele preside o Conselho Indigenista Missionário. A igreja sempre achou mesmo que os índios deveriam estar sob o seu domínio. Não é à toa que tantos padres e bispo se esquecem de pregar o evangelho e se dedicam à atividade de gigolô de índio.

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