sábado, 24 de julho de 2010

Ibama diz que não vai aliviar fiscalização por causa de ano eleitoral

Luana Lourenço

O diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano Evaristo, disse hoje (22) que o governo não pretende aliviar a fiscalização do desmatamento ilegal e outros crimes ambientais durante o período eleitoral.

“A fiscalização ambiental não tem nada a ver com ano eleitoral. Se os prefeitos ou candidatos derem senha para desmatar, eles vão sofrer as consequências”, garantiu Evaristo. De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a orientação é de que se cumpra o planejamento de operações para este ano. São cerca de 226 operações até o fim de 2010, segundo o Ibama.

Entre agosto de 2009 e maio de 2010, a fiscalização embargou 139,5 mil hectares na Amazônia, fechou 65 serrarias e aplicou mais de R$ 860 milhões em multas. Segundo Evaristo, também foram apreendidos 59 tratores, 195 caminhões e mais de 100 mil metros cúbicos de madeira.

“Ano eleitoral para nós [da fiscalização] não existe. Enquanto estamos aqui falando, temos 14 operações fortes em andamento na Amazônia, com mais de 200 homens”, acrescentou. Números mais recentes sobre o desmatamento na Amazônia Legal, divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) deixaram o governo otimista em relação à redução do desmatamento na região.

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