terça-feira, 3 de agosto de 2010

Índios Mundurukú e Kayapó em "pé de guerra"

Os índios Kayapó não admitem a equiparação dos salários dos servidores da saúde indígena de Novo Progresso com o que ganham os de Itaituba e Jacareacanga, proposta pelo Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi).


Os índios da etnia Mundurukú se apresentaram para uma reunião com a coordenadora do Distrito de Saúde Indígena de Itaituba, Ângela Olazar Régis, com uma pintura que caracteriza um estado de revolta, instalado a partir de uma ameaça feita por membros da nação Kayapó, da aldeia Baú, localizada entre os municípios de Altamira e Novo Progresso, Sudoeste do Pará.

Carlos Akay, presidente do Condisi, informou que a situação se complicou a partir da mudança de duas aldeias para Novo Progresso. Índios das aldeias Kubenkocre e Pykanu eram atendidos por servidores da saúde lotados na cidade de Colíder, no Mato Grosso, mas decidiram retornar ao Pará e passaram a ser atendidos por Novo Progresso.

DESPESAS

Com isso, o número de índios saltou para mil e duzentos, o que acabou aumentando as despesas. Neste período, a Prefeitura de Novo Progresso, à época administrada por Tony Fábio Rodrigues, começou a fazer uso de uma sobra, na média de 68 mil reais, que seriam para custear despesas dos Mundurukú.

Isso acabou provocando uma queda na qualidade do atendimento. Com uma população de aproximadamente 8.500 índios, os Mundurukú se sentiram prejudicados. Foi quando o Conselho Distrital de Saúde Indígena identificou uma diferença salarial entre os enfermeiros e técnicos de enfermagem entre as cidades de Itaituba, Jacareacanga e Novo Progresso. O Conselho lançou uma proposta de equiparar os salários, gerando revolta nos Kayapós.

A discussão acontece desde 2008, mas nunca chegou a uma definição razoável entre as etnias Mundurukú e Kayapó, que nutrem uma rixa secular por guerras primitivas entre as nações. O conflito poderá ser inevitável.

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