quarta-feira, 1 de junho de 2011

Nota de Repúdio SIMASPA

O Sindicato das Indústrias Madeireiras do Sudoeste do Pará – SIMASPA, no âmbito de suas responsabilidades para com o desenvolvimento sustentável local, vem atravésdeste repudiar com veemência as ações dos criminosos que culminaram com a morte do casal José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará, e também Adelino Ramos, conhecido como Dinho, que foi assassinado em Vista Alegre do Abunã (RO).

O SIMASPA informa tristemente que esta realidade não tende a acabar por mais que os entes públicos afirmem que combaterão firmemente os assassinos e punirão os autores dos disparos.

Tal constatação do SIMASPA, as mortes, decorre do triste fato que o marcoregulatório nacional se caracteriza por adotar medidaspaliativas ao invés de mudanças estruturais, ou seja, o problema da criminalidade local não acabará simplesmente com a prisão dos criminosos, mas sim, com ações mais profundas que invertam o paradigma público centrado no controle que ressalte a cooperação e desenvolvimento.

Desta forma, relatamos que as mortes, notadamente injustificáveis, ocorreram porque ao invés dos órgãos públicos se preocuparemcom o fortalecimento da economia local de modo que os produtores florestais madeireiros substituam a subsistência de suas famílias por outras atividades econômicas, tratam de centrar esforços exclusivamente em controle, portanto, sem preocupações com a perpetuação das sociedades locais.
Pontuamos, assim, que a vocação florestal madeireira da Amazônia não deve ser tratada como passivo das riquezas nacionais, mas como ferramenta de promoção de desenvolvimento.

Afirmamos que os maiores interessados na preservação ambiental da Amazônia são os produtores florestais madeireiros tendo em conta que o recurso florestal é condição determinante para manutenção da atividade econômica deste grupo, desta forma, qualquer atitude que deprede a natureza é repudiada por serem maléficas as atividades do próprio setor, que, infelizmente, sofre da predisposição da sociedade civil em vê-lo como prejudicial à Amazônia, sendo que, de fato, representa a melhor maneira para pulverizar renda e emprego na região, já que, em contrapartida as riquezas minerais geradas no Estado do Pará, o setor florestal conserva, em caráter majoritário, das riquezas dentro da economia local.

Precisamos, por fim, ressaltar a necessidade de investimentos em segurança para que crimes bárbaros como este sejam punidos exemplarmente, porém, de forma que não se desrespeite o conceito de desenvolvimento sustentável, ou seja, deve haver intenso controle, mas com base nos princípios de que políticas públicas locais devem ser ambientalmente corretas, economicamente viáveis e socialmente justas, caso contrário, a Amazônia continuará insustentável.


OSVALDO ROMANHOLI
PRESIDENTE

www.povosdaamazonia.com.br

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