A prefeita Madalena Hoffmann falou na Rádio Cultura FM sobre o
processo de redefinição da Flona Jamanxim. Segundo Madalena, desde 2009,
com o Decreto Federal que criou essa área de preservação a luta tem
sido intensa para mostrar ao governo, a inviabilidade e injustiça de se
tirar de milhares de famílias o fruto de quase 30 anos de trabalho em
propriedades rurais que acabaram ficando dentro da área.
As lideranças progressenses não são contra a criação da Flona, mas questionam os seus limites, pois quase a metade da área de 1,3 milhão de hectares é composta de fazendas com pastagens para criação de gado e lavouras. Por isso tentam negociar junto ao Ministério do Meio Ambiente, Ibama e Instituto Chico Mendes um novo desenho para o mapa da área.
O Governo Federal já fez algumas propostas de redução, consideradas absurdas, pois ofereciam redução entre 35 e 75 mil hectares, as lideranças progressenses pleiteam pelo menos 600 mil hectares de redução. Não houve entendimento na ocasião, mas com a mudança dos nomes exercendo os cargos no governo a negociação foi reaberta, criando grande expectativa nos progressenses que sentiram maior sensibilidade das autoridades federais com a relação a redução da reserva.
Recentemente, a prefeita Madalena Hoffmann, o vereador Mauro Cesar(Rato), o presidente da Associação dos Produtores da Área da Flona, Luiz Helfenstein, Representantes de Castelo Sonhos, sras. Preta e Edivana e Dr. João Capeletti participaram de dois dias de negociações em Brasília, de onde saíram com a promessa de que será repassado à Ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira uma proposta final de redução da reserva entre 300 e 400 mil hectares. A Ministra pediu 60 dias para dar uma decisão final sobre o tamanho da área, em tamanho consensual entre as partes. A decisão será anunciada em reunião a ser marcada nos próximos dias.
Pela primeira vez em três anos de luta, as lideranças estão otimistas com a possibilidade de redução da Flona, devido a troca de comando do Ibama, ICMbio e MMA com influência política de vários deputados e senadores do Pará.
Por Édio Rosa
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