Documento definitivo será entregue à Adepará no próximo dia 21
O Pará receberá a certificação de Estado 100% livre da febre aftosa
no próximo dia 21, em São Luís (MA). A Agência de Defesa Agropecuária
do Pará (Adepará) receberá o documento das mãos do ministro da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade.
A certificação
permitirá que Estado possa exportar toda a produção do gado para áreas
também livres de aftosa.Antes, somente a produção da região sul tinha
total liberdade de comercialização. A campanha de vacinação contra a
doença segue no Estado até o dia 30 deste mês. No Marajó, a campanha
será de 15 de julho a 15 de agosto. Ao todo, 21 milhões de cabeças de
gado deverão ser imunizadas.
Há vários postos de venda e cada dose de
vacina custa R$ 1.
Todos os 110 mil produtores rurais cadastrados pela Adepará devem
vacinar a totalidade dos animais que possuem. Depois da imunização, é
necessário comprovar o procedimento através da apresentação da nota
fiscal de aquisição da vacina, em até 15 dias após a aplicação, ao
sistema de controle estadual.
A Adepará irá procurar os produtores que
não cumprirem o prazo. Quem não comprovar a vacinação poderá ser multado
e perderá as guias de transporte animal (GTA), documento necessário
para exportar a produção.
Hoje, o Pará é o maior produtor de boi em pé
do País e tem como meta manter os altos índices de imunização dos
últimos anos. No ano passado, a campanha paraense atingiu a maior taxa
do Brasil, com 97% de cobertura.
O diretor geral da Adepará, Mário Moreira, destaca que a certificação de
Estado livre da aftosa representa um ganho geral ao Pará e aos
produtores, também das regiões nordeste e oeste paraenses, além do
Marajó - com forte produção bubalina -, que poderão exportar livremente o
gado e produtos como leite, queijo, manteiga e iogurte.
Antes, os
produtores de outras regiões que não o sul do Pará só estavam liberados
para exportar gado a áreas de médio risco, e tinham um mercado reduzido.
A partir da liberação, mais 7 milhões de cabeças de gado estarão
disponíveis.
Somente a região sul produz cerca de 14 milhões de cabeças.
O material genético do gado paraense também poderá ser exportado e
negociado em feiras e eventos. O escoamento da produção também será mais
rápido, pois o boi em pé advindo de áreas de médio risco precisa ficar
em quarentena.
Fonte: O Liberal Foto: Agência Pará
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