sexta-feira, 10 de maio de 2013

Trabalhadores em situação análoga à escravidão são resgatados no Pará

 

Pessoas eram mantidas em um sítio no distrito de Castelo dos Sonhos. Localidade fica no município de Altamira, no sudoeste do estado.

 

Oito pessoas em condições de trabalho análogas à escravidão foram libertadas na última quinta-feira (9), em um sítio localizado no distrito de Castelo dos Sonhos, em Altamira, no sudoeste do Pará. Elas estariam há dois meses no local.

O caso foi denunciado à sede do Ibama em Novo Progresso na última quarta-feira (8). Segundo o Ibama, um trabalhador fugiu do assentamento de Castelo dos Sonhos e relatou aos agentes o caso desmatamento ilegal e exploração de mão de obra no local.

Dentro das ações da operação Onda Verde, o Ibama se deslocou até o assentamento. A Força Nacional deu apoio à ação, que libertou mais sete trabalhadores, entre eles, um adolescente. Segundo a denúncia, armado, o dono da propriedade ameaçava o grupo, e o forçava a comprar itens de alimentação a custos muito altos. Um litro de leite, por exemplo, era vendido por R$ 17. Descontados todos os gastos, cada funcionário recebia R$ 30 por quinzena.

Segundo a polícia, as vítimas vieram de Altamira, Tucuruí e do estado do Maranhão. Eles foram atraídos pelo convite de trabalhar na construção de uma casa em Altamira. Já no município, eles teriam conhecido um intermediador, que os transportou de caminhão até Castelo dos Sonhos. Lá, os trabalhadores teriam pedido para voltar a Altamira, mas foram impedidos.

O proprietário das terras e as oito pessoas foram encaminhados para a delegacia do município de Novo Progresso, também no sudoeste paraense, onde prestaram depoimento. O dono do sítio foi preso e está detido na unidade de polícia de Novo Progresso. Ele foi autuado por porte ilegal de arma e crime de reclusão análoga à escravidão, que é inafiançável.

De acordo com Raimundo Barbosa da Silva, coordenador de Fiscalização Rural e Combate ao Trabalho Escravo da Delegacia Regional do Trabalho em Belém, o setor aguarda por informações do Ministério Público do Trabalho de Santarém para poder fazer uma análise mais apurada dos fatos e assim aplicar as medidas administrativas cabíveis.

Fonte: G1.com

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário