Pessoas eram mantidas em um sítio no distrito de Castelo dos Sonhos. Localidade fica no município de Altamira, no sudoeste do estado.
Oito pessoas em condições de trabalho análogas à escravidão foram
libertadas na última quinta-feira (9), em um sítio localizado no
distrito de Castelo dos Sonhos, em Altamira, no sudoeste do Pará. Elas estariam há dois meses no local.
O caso foi denunciado à sede do Ibama em Novo Progresso
na última quarta-feira (8). Segundo o Ibama, um trabalhador fugiu do
assentamento de Castelo dos Sonhos e relatou aos agentes o caso
desmatamento ilegal e exploração de mão de obra no local.
Dentro das ações da operação Onda Verde, o Ibama se deslocou até o
assentamento. A Força Nacional deu apoio à ação, que libertou mais sete
trabalhadores, entre eles, um adolescente. Segundo a denúncia, armado, o
dono da propriedade ameaçava o grupo, e o forçava a comprar itens de
alimentação a custos muito altos. Um litro de leite, por exemplo, era
vendido por R$ 17. Descontados todos os gastos, cada funcionário recebia
R$ 30 por quinzena.
Segundo a polícia, as vítimas vieram de Altamira, Tucuruí e do estado
do Maranhão. Eles foram atraídos pelo convite de trabalhar na construção
de uma casa em Altamira. Já no município, eles teriam conhecido um
intermediador, que os transportou de caminhão até Castelo dos Sonhos.
Lá, os trabalhadores teriam pedido para voltar a Altamira, mas foram
impedidos.
O proprietário das terras e as oito pessoas foram encaminhados para a
delegacia do município de Novo Progresso, também no sudoeste paraense,
onde prestaram depoimento. O dono do sítio foi preso e está detido na
unidade de polícia de Novo Progresso. Ele foi autuado por porte ilegal
de arma e crime de reclusão análoga à escravidão, que é inafiançável.
De acordo com Raimundo Barbosa da Silva, coordenador de Fiscalização
Rural e Combate ao Trabalho Escravo da Delegacia Regional do Trabalho em
Belém,
o setor aguarda por informações do Ministério Público do Trabalho de
Santarém para poder fazer uma análise mais apurada dos fatos e assim
aplicar as medidas administrativas cabíveis.
Fonte: G1.com
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