O PMDB vai defender a inclusão na reforma política do fim das doações
diretas para candidatos, passando exclusivamente para os partidos, e da
reeleição a partir de 2018.
O fim da reeleição havia sido defendido também pelo PSDB, quando o
partido apresentou os pontos que pretende incluir na reforma política.
Segundo o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), os dois temas estão sendo discutidos pelo partido.
A Câmara vai instalar nesta terça um grupo de trabalho para discutir uma
reforma política. A ideia é que o texto seja votado no segundo
semestre. O relator dos trabalhos será o deputado Cândido Vaccarezza
(PT-SP).
"Seria proibido o financiamento direto ao candidato. Acabar com esse
vínculo [entre candidatos e doações], como ocorre hoje e causa
especulações que não podem acontecer. Sobre o fim da reeleição tende a
respeitar os atuais mandatos e não ocorrerá mais o principio da
reeleição", disse Eduardo Alves.
A doação exclusiva para partido é polêmica e pode enfrentar resistência
do Ministério Público Eleitoral. Uma das críticas é que o partido
poderia beneficiar potenciais candidatos e dificultar o controle na
prestação de contas.
A ideia da reforma política com validade na próxima eleição, depois de
passar por um plebiscito, foi sugerida ao Congresso pela presidente
Dilma Rousseff em resposta às manifestações de rua.
A proposta acabou sepultada pelos deputados por dois fatores: o fato de
Dilma anunciar o plebiscito sem consultar antes o Congresso e o prazo de
70 dias estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral para organizar a
votação.
Agora, os parlamentares prometem produzir uma reforma política
em 90 dias.
O trabalhos vão começar em agosto. A ideia de Alves é que os
parlamentares consultem suas bases para trazer propostas sobre a reforma
política.
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
Folha de São Paulo
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